Campo Dormitório
É uma escultura instalação composta de 10 estrados de cama de solteiro em madeira, colocados um ao lado do outro. 3 colchões altos forrados com lençóis brancos, impecavelmente passados. Barras de metal tubulares formando uma estrutura como de andaimes, sobre os estrados. Esta estrutura eleva-se para receber nos pontos determinados 6 ventiladores de teto danificados. A altura chega a 2m nestes pontos. 7 lâmpadas de luz fluorescente com defeito piscando aleatoriamente e 6 caixinhas de música também prendem-se aos tubos metálicos.
A instalação convida o espectador a participar, deitar-se sobre os lençóis em puro algodão, e ouvir as canções de ninar provenientes das caixas de música. Porém, as lâmpadas frias piscam num frenesi inconstante na tentativa de permanecerem acessas, gerando ruídos característicos. Assim como os ventiladores danificados que giram como ainda possível.
Todos estes ruídos se confundem com as canções, despertando memórias e tornando o ambiente que deveria ser acolhedor num caos atordoante, explicitando sua falência.
A intenção é oferecer a instalação à cidade e mais diretamente à população que habita o entorno para que se aproprie do trabalho.
Instalação
10 estrados (1,94x92x 6cm) de cama em madeira;
3 colchões brancos altos ( 188x88x30cm);
3 lençóis brancos em puro algodão egípcio;
38m de perfis metálicos tubulares formando uma estrutura como de andaime;
7 lampadas fluorescentes com defeito;
6 ventiladores de teto danificados;
6 maquinários de caixa de música;
2 câmeras de vigilância instaladas com equipamento de gravação;
lacres plásticos;
material elétrico.
10,90×4,20m aproximadamente
2017
VISTA Siart- Bienal Internacional de Arte de La Paz