Ursula Tautz Ursula Tautz

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Cartografias – a rádica _ pesquisa

A partir do objeto-balanço desenvolveram-se duas pesquisas: 

O pêndulo, como marca da passagem do tempo, muitas vezes traduzido como som. 

O material do qual o balanço é feito: madeira, que me levou a trabalhar com radica. 

Radica,radical, do latim radix, que significa “raiz”.

Na língua portuguesa a palavra “radical” se originou a partir do latim radicalis, que significa “relativo à raiz”. Porém, radicalis é uma derivação de radix, que quer dizer “raiz”.

O significado do termo latino tinha um sentido filosófico, que era atribuído ao fato de alguém ou algo “ter raízes”, ou seja, “ter origens”.

Este termo passou a significar “a essencial de algo” ou “ir de encontro à origem de algo” a partir do século XVII.

 

Radica é uma fatia da raiz da árvore, traz uma cartografia intrínseca, desenhada por camadas o  acúmulo de tempo, um espaço único criado pela memória de cada árvore. Uma investigação sobre o espaço -tempo.

Os móveis em madeira, como uma extensão dessa raiz, que habita a casa. Um centro de ordem, que protege contra a desordem sem limite do entorno.

Afinal o universo é o caos fantasiado de ordem.


 

Por mais familiar que sejam para nós as plantas, os mapas ou diagramas de um espaço que nós percorremos frequentemente, a memória que deles guardamos permanece sempre numa relação distanciada do real, sendo essa relação sempre sujeita às variações do nosso imaginário topográfico, o qual, por sua vez, depende da atualização de nosso corpo no espaço.

“O mapa, assim como a arte que dele deriva,é em si fundamentalmente uma estratificação (overlay) – ele é simultaneamente um lugar, uma viagem e um conceito mental; abstrato e figurativo, distante e íntimo. Os mapas são como instantâneos de viagem, uma paralisação da imagem. A fascinação que experimentamos por eles deve ter relação com nossa necessidade de adquirir uma visão de conjunto, de situarmo-nos e de compreender onde estamos.

3 LIPPARD, Lucy. Overlay: contemporary art and the art of prehistory. Nova Iorque: Pantheon Books, 1983. p. 122.

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Universo-ilha

termo cunhado por Kant para definir as galáxias quando ainda não se sabia o que elas eram.